Cordão de três dobras: Oração, leitura da Palavra e jejum


Sempre o assunto jejum vem à tona, há duas possibilidades no mundo de hoje: alguma finalidade clínica ou um fato ocasional, inesperado.

A referência médica, aqui, fica para aquele caso clássico do exame de sangue, em que é recomendado ao paciente ficar por 8 ou 12 horas sem comer nada, para evitar alguma alteração no resultado final.

Quanto ao ocasional, falo sobre os imprevistos de sempre: trânsito parado, demora do ônibus, uma reunião inesperada. Todas estas situações - e muitas outras - resultam em longos períodos sem alimentação. 

Essas pausas deixam os nutrólogos apavorados, pois, para eles, o ideal é que paremos para comer a cada 3 horas, para que, assim, tenhamos um organismo equilibrado e saudável.

O jejum, para o cristão, é algo bem diferente de tudo o que foi dito até aqui. Trata-se de um das partes fundamentais do cordão de três dobras: oração, leitura da Palavra e o jejum. Uma completa o outra.

Não basta fazermos um jejum de delícias, ou só com legumes, como fez Daniel (Daniel 10 1-3) e não orarmos e não meditarmos na Palavra. Fica como se você enfrentasse um daqueles imprevistos acima. Você pode, também, fazer jejum de internet, de redes sociais, maus pensamentos. Há várias opções.

Importante: para ter êxito, a abstinência deve ser de algo que você realmente gosta e sente falta. Não adianta ficar sem comer, usar algo que você não gosta. Isso não é jejum, mas uma rejeição natural a algo que o desagrada, que não te atrai, causa desinteresse. Acaba sendo, até, um prêmio pra você mesmo e não algo que o deixe mais íntimo com o Senhor.

É preciso que nos humilhemos, reconheçamos nossas fraquezas, limitações e estejamos sempre em oração, pedindo sabedoria, discernimento para vencer o que nos desafia e alcançar êxito em um propósito. Em Mateus 17-21, quando Jesus cura o menino endemoniado, ele alerta os seus discípulos: esse tipo de demônio só pode ser expulso por meio de oração e jejum.

Não há nada, na Bíblia, que coloque o jejum como uma obrigação ao cristão. Ele é tratado como uma opção, mas, ao mesmo tempo, como um convite irrecusável, quando o nosso Senhor retruca sobre o comportamento dos fariseus e dos seguidores de João Batista: Como podem os convidados para o casamento jejuar enquanto o noivo está com eles? Durante o tempo em que o noivo estiver presente, não podem jejuar (Marcos 2-19).

Jesus está glorificado, à direita do Pai, como nosso advogado e Intercessor. Fomos presenteados com o Espírito Santo, que compõe a trindade que nos deixa em contato direto com Deus. Nosso Deus ama a obediência e quem o procura de coração, com entrega, adoração e reverência. Portanto, antes de jejuar e ter muito mais de Deus, leia Isaías 58 e Mateus 6 16-18, para o realizar de modo que agrade ao Senhor e não seja hipócrita aos olhos dEle.

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