Moisés: o Profeta que falou face a face com Deus

Um dos personagens bíblicos que mais admiro é o de Moisés.

Nascido no Egito, numa época em que o Faraó mandou matar todos os bebês do sexo masculino, por medo da multiplicação do povo hebreu, que era muito mais numeroso (Êxodo 6-16), Moisés ficou escondido com seus pais por um período de três meses e foi lançado ao rio Nilo, em um cesto de junco, tapado com betume e piche (Êxodo 2), para protege-lo amo da morte.

Miriã, irmã mais velha de Arão e Moisés, acompanhou o trajeto do cesto, pelo rio, até que ele chegasse próximo da filha do Faraó. Ela teve compaixão, o recolheu e o adotou como seu. Miriã foi ao encontro da princesa e se ofereceu para ir atrás de uma mulher hebreia, que pudesse atuar como ama e criar a criança: Joquebede, a mãe do menino, foi a escolhida.

Com o tempo, Moisés foi afastado do convívio com o povo hebreu e passou a viver do luxo e riquezas do palácio e a receber treinamento militar para defender as fronteiras do Egito.

Quando descobriu sua verdadeira identidade e a vivenciar a humilhação que seu povo enfrentava, Moisés defendeu os hebreus, ao ponto de matar um soldado egípcio, por agredir um deles (Êxodo 2 11-14). Com medo de represália do Faraó, Moisés fugiu e foi para o deserto, até encontrar o povoado de Midiã, onde foi acolhido por Jetro, casando-se com Zípora, uma de suas filhas, com a qual teve dois filhos: Gerson e Eliézer.

Com a morte do Faraó, Deus falou com Moisés, no Monte Sinai, onde foi comunicado que o povo israelita seria liberto da escravidão, após 430 anos, por ele, juntamente com seu irmão Arão.

Moisés era gago e temia o fato de retornar ao Egito, depois de tanto tempo, já idoso, com 80 anos de idade, mas o Senhor foi com Moisés e Arão, para enfrentar o Faraó e mostrar que Ele, Deus, era e é mais poderoso que qualquer um dos deuses egípcios feitos a mão, sem vida própria.

As 10 pragas permitidas por Deus no Egito (Êxodo 7 a Êxodo 11) aconteceram justamente para mostrar o quanto o nosso Deus é soberano em relação aos deuses que eram adorados pelo povo e pelo Faraó.

Moisés era manso, humilde de coração, assim como o nosso Senhor Jesus Cristo é apresentado em Mateus 11-29.

Depois da morte dos primogênitos do Egito e o povo hebreu ser protegido e não ser atingido por nenhuma das 10 pragas, Moisés, orientado por Deus, viu o seu povo atravessar o Mar Vermelho a seco, enquanto o exército do Faraó não os podia alcançar, barrados por uma coluna de fogo.

Os soldados do Egito foram consumidos pelo Mar Vermelho e o povo de Israel começava a viver a esperança de conquista da terra prometida, com suas roupas e saúde sem qualquer tipo de desgaste ou problema, com o maná, água e cordonizes que os alimentavam.

Moisés, depois de 40 dias e 40 noites, comunicou ao povo os 10 mandamentos do nosso Senhor (Êxodo 20), assim como as suas leis; repreendeu Arão por permitir que fizessem um bezerro de ouro, como um ídolo (Êxodo 32), e intercedeu pelo povo, para que os hebreus não fossem consumidos pela ira de Deus.

Num raro ato de desobediência a Deus (Números 20 7-13), Moisés, o libertador do povo hebreu não pode ir à terra prometida, mas apenas a visualizar do monte de Abarim - foi-lhe permitido por Deus apenas observar a terra de longe (Deuteronômio 32 48-52).

Moisés, além disso tudo, aos 120 anos, quando morreu, seus olhos não se haviam enfraquecidos e ele não havia perdido o vigor (Deuteronômio 34-7). Nunca mais se levantou em Israel um profeta como Moisés, com quem o Senhor tratava face a face (Deuteronômio 34-10).