Sobre o pecado

 

Sempre que o assunto do pecado vem à tona, logo incluímos Adão e Eva na lista dos grandes e únicos culpados por todas as coisas más que existem no mundo, como doenças, problemas e a morte.

Porém, nobre leitor, é necessário que sigamos com o exemplo e a vontade de Jesus de não sermos hipócritas e refletir a respeito, ao ponto de admitir que, caso estivéssemos no lugar de Adão e Eva, teríamos feito igual ou pior, até.

Uma das coisas que raramente são abordadas nas pregações da Palavra, hoje em dia, é que a famosa árvore do bem e do mal, que Deus proibiu de comer o fruto dela, não era a última Maravilha do mundo, a mais atraente de todas.

Em Gênesis 2-9, encontramos os seguintes dizeres "Do solo o Senhor Deus fez brotar todo tipo de árvores agradáveis à vista e boas para alimento". Ou seja, a árvore do bem e do mal não era o último biscoito do pacote oferecido por Deus. Era uma entre muitas!

O ponto em questão, aqui, é o seguinte: o proibido é sempre mais atraente, mais gostoso, logo, é pra lá que eu vou!

Resumo da ópera: foi Adão e Eva, mas podia ser com qualquer outro casal, o pecado existiria de todo modo. Temos essa predileção pelo proibido e, de certa forma, até a aguçamos quando com as crianças e a testamos ao dizer que ela não pode brincar com algo que a atrai e deixar o objeto perto, só pra ver a reação.

É instintivo. A criança para, olha pra ver se quem a proibiu não está perto e pega o objeto. Depois, ela pode até deixar este de lado e nunca mais brincar com ele, deixá-lo no mesmo lugar. Mas, temos a necessidade de comprovar e querer entender o motivo de tal proibição, ao ponto de desafiar quem proibiu.

Ao invés de simplesmente obedecermos - que é o que Deus espera que façamos - ou questionar o Todo Poderoso, para saber a razão da proibição, nossa tendência mundana, que jaz o maligno, tende a ficar atento e observar os grupelhos que estão próximos e estão tentados à desobediência, assim como estamos.

Aí, o que acontece? Algo que é pecado, desagrada a Deus é praticado por vários, que se deixam influenciar pelos prazeres que o mundo oferece.

Percebe o tamanho do estrago?

Temos, no entanto, um Deus tão maravilhoso, que não nos dá uma só opção, como se estivéssemos debaixo de uma ditadura. Ele permite o livre arbítrio, o direito a escolha, com o alerta que, ao cumprir com o que for da vontade dEle, estaremos debaixo da graça, mas, se enveredarmos a outro caminho, teremos de arcar com as consequências.

Todos nós pecamos e somos pecadores. Não há diferença de pecadinho e pecadão. É tudo pecado.

Exceção feita a Jesus Cristo, que jamais pecou, nenhum outro grande homem das Escrituras escapou disso. Moisés matou um soldado egípcio; Paulo, antes do encontro com Jesus, perseguia e mandava matar os cristãos; e o Rei Davi adulterou com Bate-Seba e mandou matar Urias.

Alerta vermelho: o fato de citar Paulo (Enquanto Saulo de Tarso), Moisés e Davi como pecadores, não significa que devemos aceitar tais situações e darmos as costas ao que Deus nos manda fazer. Se pecar é do homem, o perdão vem de Deus. Porém, é necessário que haja arrependimento, o reconhecimento de que errou, e o abandono dessa prática.

Os três homens de Deus que citei, só alcançaram esse grau de importância por temor a Deus, por arrependimento dos erros que cometeram e pelo prazer na obediência ao nosso Senhor e não em relação ao que o mundo oferece.

Dica importante: Quanto mais nos dedicamos à leitura e meditação da Palavra, aos tempos de oração e comunhão com Deus, mais damos as costas ao pecado e mais nos aproximamos do nosso Senhor e Redentor.

Jesus nos ensina constantemente o como devemos agradar a Deus e a fugir da face do mal.

Um dito popular, que a maioria conhece ou já, pelo menos ouviu falar, é que Deus ama o pecador, mas odeia o pecado. É verdade. Temos até um Advogado, que intercede dia e noite, de nome Jesus Cristo (1João 2-1).

Por isso, deixo aqui, a mensagem de Cristo à  mulher acusada de adultério, que não foi apedrejada, pelo fato de seus acusadores estarem em pecado: "Também eu não a condeno; vá e não peque mais" (João 8-11).