A fé e o relacionamento com as autoridades


O Apóstolo Paulo recomenda em Romanos 13 1-2 "que todos estejam sujeitos às autoridades superiores. Porque não há autoridade que não proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas".

E isso é a mais plena verdade, "pois do Senhor é o reino, é ele quem governa as nações" (Salmos 22:28).

Antes que algum humano fosse nomeado governador de algo, era o Senhor quem cuidava de tudo. Durante os 40 anos em que Moisés liderou o povo hebreu, rumo à conquista da terra prometida, foi, também, o período de maior murmuração contra Deus.

Ele proveu o Maná (alimento) que caía do céu, deu codornizes, para que se alimentasse de carne, deu água para beber, além de preservar suas roupas e saúde intactas. O processo de libertação aos costumes do Egito foi muito complicado e intenso.

Foi assim até a época correspondente a 1Samuel 8, na qual os anciãos demonstram sua total rejeição a Deus, fato que revolta o profeta do Senhor, e pedem por um Rei que os governe, como acontecia em outras nações.

Saul foi o primeiro a ser ungido e o primeiro a desobedecer a vontade de Deus, que o deixou e pediu a Samuel que ungisse um novo Rei: o jovem e pastor de ovelhas, Davi, filho de Jessé.

Davi teve seu trono eternizado em Israel, por ser um homem segundo o coração de Deus (Atos 13-22), e por pertencer à genealogia de Cristo (Mateus 1-6).

Depois de Davi, nenhum outro governante teve o mesmo respeito e aceitação. Nem mesmo Salomão, com toda sua sabedoria, que, ao final de seu reinado abandonou o caminho do Senhor e construiu altares para deuses e deusas das suas mais de 1000 mulheres.

Roboão, filho que herdou o trono de Salomão, foi quem arcou com as consequências do pecado do pai, ao ver as 12 tribos de Israel divididas, ao ponto dele reinar apenas em Judá e Benjamim.

Quando o povo de Israel ficou cativo na Babilônia, governada por Nabucodonosor, houve uma tentativa de imposição cultural e política, porém, Daniel, Hananias, Misael e Azarias não aceitaram tal retalhação e mantiveram o foco naquilo que o Senhor dizia ser bom (Daniel 1 8-16).

Algo que, em verdade, tocou meu coração de uma forma inexplicável foi a demonstração de fé dos amigos de Daniel, ao não prestar culto aos deuses de Nabucodonosor, que os lançou na fornalha ardente, sete vezes mais potente.

"Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: — Ó Nabucodonosor, quanto a isto não precisamos nem responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das suas mãos, ó rei".

"E mesmo que ele não nos livre, fique sabendo, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que o senhor levantou". (Daniel 3:16‭-‬18).

Dentro da fornalha, o Anjo do Senhor (Jesus), os salvou, de modo que em nada foram afetados.

Temos, de fato, de nos sujeitar às autoridades. Mas, antes de caminharmos de acordo com ideologias próprias e sistemas políticos impostos por homens, devemos lembrar que Deus os permitiu ocupar tal posto.

E não só isso: temos de estar cientes que, caso eles não digam os desígnios do nosso Senhor, mais cedo ou mais tarde terão de pagar por seus erros, assim como ocorreu com Herodes (Atos 12 20-24).

Jesus te abençoe!

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