O Antisemitismo de Hamã e Adolf Eichmann

 


"Quando Hamã viu que Mardoqueu não se curvava nem se prostrava, ficou muito irado. Contudo, sabendo quem era o povo de Mardoqueu, achou que não bastava matá-lo. Em vez disso, Hamã procurou uma forma de exterminar todos os judeus, o povo de Mardoqueu, em todo o império de Xerxes" (Ester 3:5‭-‬6).

Hamã odiava o povo judeu e muito se empenhou em criar um plano capaz de exterminar com ele, de modo a ser o caso mais famoso de Antisemitismo registrado nas Escrituras sagradas.

O plano foi o seguinte: "[...] cartas foram enviadas por mensageiros a todas as províncias do império com a ordem de exterminar e aniquilar completamente todos os judeus, jovens e idosos, mulheres e crianças, num único dia, o décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar, e de saquear os seus bens" (Ester 3:13).

Porém, o tiro saiu pela culatra. A Rainha Ester, que era judia, pediu, por intermédio de Mardoqueu, que o povo ficasse em oração e jejum por três dias, sem nada comer e beber, para que ela pudesse falar com o rei e impedir o plano de Hamã.

O resultado? Hamã foi enforcado com a forca que ele mesmo mandou fazer e Mardoqueu foi honrado, como o segundo maior no reino.

Antes de dar sequência ao texto, vamos a alguns esclarecimentos importantes:

1) O termo Antisemitismo significa algo que é contra a descendência de Sem, filho mais velho de Noé, que, em sua genealogia, consta a formação dos povos árabe e hebreu, além da origem de Abraão, o Pai da Fé.

Estas informações podem ser verificadas e lidas no livro de Gênesis, nos capítulos 10 e 11.

2) Judeu, até o tempo de Davi, Salomão, era aquele pertencente à tribo de Judá. Depois, tal nomenclatura passou a ser usada para identificar os que viviam na Judéia, momento em que Israel foi dividida politicamente, sendo que a Judéia preservava os interesses de Deus e o trono de Davi. Israel, por sua vez, possuía uma ideologia idólatra e abominável aos olhos do Senhor, fato que rendeu em muitas guerras e desentendimentos entre eles.

Com o exílio de Israel na Assíria e, depois, na Babilônia, não passou a existir mais essa diferenciação entre os de Judá e Israel. Todos os de Israel passaram a ser tratados por judeus.

Com o passar dos anos e o domínio romano na época de Cristo, o povo de Israel foi espalhado pelas nações e só voltou a ocupar o seu território  de origem com a formação do Estado de Israel, em 1948, tendo a participação decisiva de um brasileiro: Oswaldo Aranha, que,anos mais tarde, foi homenageado com um monumento no país.

O povo judeu, caracterizado por ser de uma religião monoteísta (crer em um único Deus), sempre foi perseguido. Na história recente, o caso mais famoso foi o vivido durante a II Guerra Mundial (1939 a 1945), que contou com personagens cruéis e sanguinários, como os nazistas Adolf Hitler e Adolf Eichmann.

Eichmann nem chegou a ser um dos homens fortes, mais influentes de Hitler, apesar de ter sido o chefe do departamento das questões judaicas e a voz de comando ao mandar matar mais de 6 milhões de judeus, sendo 1,5 de crianças, de fome, por fuzilamento, exaustão e nas câmaras de gás, em Auschwitz, na Polônia, onde ocorreu o grande holocausto, entre 1941 a 1945.

O aprisionar e matar judeus era, pra ele, algo tão natural, que chegou a declarar: "Vou saltar na minha cova rindo, porque a sensação de ter cinco milhões de seres humanos na minha consciência é, para mim, uma fonte de extraordinária satisfação".

Uma grande parte dos envolvidos com o holocausto foram condenados no grande julgamento de Nuremberg, ocorrido entre os dias 20 de novembro de 1945 a 1 de outubro de 1946. Eichmann não estava entre eles. Ele, a exemplo de muitos outros, conseguiram se refugiar em países como Brasil, Argentina, com uma identidade falsa.

Eichmann, no entanto, foi capturado pelo Mossad, o Serviço Secreto de Israel, na Argentina, no dia 11 de maio de 1960 e levado à Jerusalém, onde foi julgado e condenado à morte no dia 15 de dezembro de 1961.

Este Guerreiro da Notícia condena toda e qualquer espécie de perseguição, racismo, preconceito. Esperamos que não existam novos Hamãs e Eichmanns neste mundo e que o único sangue a ser celebrado, a partir de agora, seja o de Cristo Jesus, que nos salvou da condenação pelo pecado e nos deu o direito, sem merecimento algum, à vida eterna.

Shalom!

Jesus abençoe a todos nós!

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