Aprovado por Deus

 

"Numa grande casa há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos. Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra".

"Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Senhor. Evite as controvérsias tolas e inúteis, pois você sabe que acabam em brigas. Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente". 

"Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do Diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade" (2Timóteo 2:20‭-‬26).

Quando é dito, nos versos destacados, acerca do obreiro aprovado por Deus, que não há apenas vasos de ouro e prata em uma casa, mas, também de madeira e barro, fica clara a imperfeição do ser humano e a sua fragilidade.

Quanto a alguns deles serem para fins honrosos ou desonrosos, o ponto em questão é o apego a algumas tradições e costumes que a sociedade mundana impõe.

Ainda sob esta perspectiva, o vaso de barro nos faz lembrar do oleiro, que pode deixar o vaso no formato que ele quiser e, assim, para ser usado com a finalidade que julgar mais adequada, seja honrosa ou não.

Isso nos faz compreender o como o caráter do ser humano é construído, moldado em meio aos mais diversos valores que são apresentados por familiares, amigos, colegas de turma na escola, na faculdade e no trabalho.

A "purificação dessas coisas" implica, além do abandono às tradições e costumes, no fazer conhecer a vontade de Deus, a partir da propagação do evangelho, de maneira a gerar uma santificação pessoal e no meio em que vive.

A preocupação com o comportamento que é adotado pelo jovem é por ocasião da etapa de transição que é enfrentada, ao não ser mais criança para se tornar um homem, com afazeres e responsabilidades, que pode - ou não - ser influenciado ao ponto de privilegiar o que há no mundo e desprezar o que o evangelho e a Palavra de Deus anuncia.

É geralmente nesta etapa em que o ser humano inicia o processo para deixar de ser dependente dos pais para ser, com total consciência, dependente de Deus ou escravo do mundo, ao se deixar levar pelo amor ao dinheiro, pelos prazeres e vícios.

É nesta fase da vida, também, em que muitos discutem por tolices, para se impor e declarar seus valores e forma de pensar. Às vezes realizam, por isso, discursos inflamados, repletos de justificativas.

A postura do cristão, seguidor de Jesus, é o de não fazer parte dessa plateia, de não ser parte atuante da discussão, mas o de ser aquele que orienta e busca a disciplina, o entendimento com amor, mansidão, paciência e domínio próprio.

O agir diferente disso é o mesmo que cair na armadilha preparada por Satanás!

Por isso, temos sempre de ficar em alerta, vigiar e orar!

O cristão é sempre o mais visado, o primeiro a ser julgado e avaliado em tudo o que faz ou deixa de fazer!

As cobranças são realizadas de todas as formas, e por todos, pois, quando estamos presentes a nossa missão é a de fazer refletir a imagem de Cristo.

E isso não pode ser feito de qualquer maneira, apenas por fazer!

A imagem dEle deve refletir bem nítida, para que todo olho o veja e o conheça!