Uma das principais justificativas que é dada acerca da existência dos 10 Mandamentos e das demais Leis nos tempos de Moisés é a dureza do coração do homem, a sua dificuldade no obedecer a vontade de Deus.
Esta, no entanto, não é a única explicação. Caso as leis não existissem, todo o propósito de Deus, de nos livrar da condenação pelo pecado, cometido por Adão e Eva, correria sérios riscos.
Sem a existência de regras, o caminho até a primeira vinda de Jesus estaria totalmente ameaçado, uma vez que a tendência do ser humano é a de ser carnal, ao se afastar de Deus para que os prazeres mundanos sejam saciados, assim como aconteceu nos tempos de Noé, em que apenas a família dele e algumas espécies de animais escaparam da morte no dilúvio.
Com as leis vieram as obrigações, a identificação e a distribuição de responsabilidades, ao ponto de todos serem parte de um grande ideal que era o de anunciar a vinda de Cristo e, com Ele, a salvação, o perdão da humanidade e o cumprimento da Promessa, por intermédio de Abraão, pela fé.
Por isso, o próprio Jesus revela: "Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir"(Mateus 5:17).
Ou seja: a Lei foi instituída para a preservação e aplicação da Promessa, que aponta para Jesus.
O grande obstáculo que existe até os dias de hoje diz respeito, justamente, à conclusão, ao chamado ponto final do tempo da Lei e o início do tempo da Graça.
Os 10 Mandamentos, assim como as demais leis, não foram abolidas. Elas permanecem, para que, por intermédio delas, possamos seguir o exemplo de Jesus, que as cumpriu em sua totalidade.
O ponto em questão é que não estamos mais condenados à morte pelo pecado. Cristo se fez maldição por nós, nos salvou e nos deu o direito à vida eterna, sem merecimento, pela graça.
"Cristo nos redimiu da maldição da Lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: 'Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro'. Isso para que em Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse também aos gentios, para que recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé" (Gálatas 3:13-14).
Há muitos, no entanto, em especial os judeus, que não creem que Jesus é o Messias, que eles ainda não vivem segundo a graça, mas de acordo com o que reza a Lei, sem um Salvador e sem a realização Promessa feita a Abraão, pela fé.
O Apóstolo Paulo argumenta e esclarece sobre a grande polêmica, em Gálatas 3:19-25: "Qual era então o propósito da Lei? Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o Descendente a quem se referia a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador. Contudo, o mediador representa mais de um; Deus, porém, é um".
"Então, a Lei opõe-se às promessas de Deus? De maneira nenhuma! Pois, se tivesse sido dada uma lei que pudesse conceder vida, certamente a justiça viria da lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, a fim de que a promessa, que é pela fé em Jesus Cristo, fosse dada aos que creem".
"Antes que viesse essa fé, estávamos sob a custódia da Lei, nela encerrados, até que a fé que haveria de vir fosse revelada. Assim, a Lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Agora, porém, tendo chegado a fé, já não estamos mais sob o controle do tutor".
Resumão: A Lei foi útil para anunciar a chegada do Messias, que já veio, nos salvou, nos livrou da condenação, e estendeu a Promessa feita a Abraão aos gentios, de modo a permitir que outros povos também fossem alcançados e salvos mediante a fé em Cristo Jesus.
Para refletir: a melhor forma de executarmos a lei é por intermédio do amor, não por obrigação ou qualquer espécie de medo e cobrança. Ao agirmos assim, mostramos que somos realmente seguidores e reflexo de Cristo Jesus e somos parte valiosa da Promessa.
Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo esteja contigo em mais este dia!
Amém!
Bom dia! A paz meu irmão, Deus te abençoe. Marcelo Souza
ResponderExcluirMuito bom texto, glória a Deus
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