"Disse-lhe Tomé: 'Senhor, não sabemos para onde vais; como então podemos saber o caminho?' Respondeu Jesus: 'Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto'".
"Disse Filipe: 'Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta'. Jesus respondeu: 'Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu digo não são apenas minhas. Ao contrário, o Pai, que vive em mim, está realizando a sua obra. Creiam em mim quando digo que estou no Pai e que o Pai está em mim; ou pelo menos creiam por causa das mesmas obras'".
"'Digo a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai. E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu far (João 14:5-14).
A passagem em destaque neste texto nos convida a três importantes reflexões:
1) A dificuldade que muitos têm em compreender quem Jesus é;
2) Nossa responsabilidade em ser imitador dEle e, assim, realizar as mesmas obras que Ele;
3) Crer, em verdade, que tudo o que pedirmos em nome dEle, será ouvido e atendido.
Hoje, porém, vou abordar apenas sobre o primeiro dos três pontos.
Muitos acreditam, ainda hoje, que os 12 Apóstolos de Cristo são perfeitos, sem falhas. Isto é uma grande mentira. As próprias Escrituras revelam isso, e com clareza. Judas, por exemplo, traiu Cristo; Pedro o negou e Tomé duvidou.
Qual a surpresa, portanto, de Filipe não ter reconhecido Jesus como de fato Ele é: o Deus vivo e encarnado?
Será que Filipe era um fariseu infiltrado? Evidente que não! Todos os Apóstolos foram escolhidos pelo próprio Cristo!
O fato é o seguinte: Filipe conviveu com Jesus por três anos (um período de aproximadamente 1000 dias). Nesse tempo, ele observou, aprendeu, comeu, bebeu, conversou, tudo na companhia de Jesus. Situações corriqueiras, normais do dia a dia!
Quem convive por um tempo com alguém, por menor que seja esse período, o normal é que a gente enxergue algumas das características, dos hábitos e postura desse indivíduo. Correto?
Será que Filipe não teve a oportunidade de conhecer Jesus na essência, para o reconhecer como Deus? Será que ele não viu seus milagres, suas pregações? Evidente que sim! Jesus nunca impediu que alguém se aproximasse dEle ou falasse com Ele.
O ponto central, ao qual devemos ficar atentos é que o conhecer alguém ou sobre um assunto não significa simplesmente estar ao lado ou ler a respeito, mas no se relacionar, viver aquilo.
Um exemplo claro disso é a própria Palavra de Deus. Os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são citados como sinóticos. Tratam-se de resumos, breves relatos sobre um acontecimento, que pode apresentar uma mesma ideia, mas com informações complementares sobre o tema.
Para que você possa entender melhor, convido o nobre leitor a ler sobre Jesus no Getsêmani em Mateus 26:36-46, Marcos 14:32-42 e Lucas 22:39-46 e analisar cada situação.
E o de João?
O evangelho de João é o mais completo de todos, o que apresenta fatos e histórias que não há nos outros.
Por que será?
João era apegado a Jesus. Fazia questão de estar com Ele em todos os momentos e situações, inclusive nas mais complicadas, como na crucificação. Não à toa, ele é considerado o Apóstolo do amor! E foi ele que recebeu a revelação do Apocalipse, feita pelo próprio Jesus!
O relacionamento, o desejo de aprendizado e conhecimento, a entrega, são passos importantes, fundamentais para a obediência, o entendimento e à prática da Palavra de Deus!
É assim que espelhamos, refletimos Jesus para o mundo.
A Palavra é o Verbo, o caminho, a verdade e a vida!
A Palavra é Jesus!
A Ele dedicamos todas as coisas!
É tudo dEle, por Ele e para Ele!
Que Jesus, o Deus vivo e encarnado, te abençoe neste dia!
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