Não murmure! Seja grato ao que Deus lhe dá!

 


"Um bando de estrangeiros que havia no meio deles encheu-se de gula, e até os próprios israelitas tornaram a queixar-se e diziam: 'Ah, se tivéssemos carne para comer! Nós nos lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos alhos-porós, das cebolas e dos alhos. Mas agora perdemos o apetite; nunca vemos nada, a não ser este maná!'" (Números 11:4‭-‬6).

Um dos maiores desafios do povo hebreu, nos 40 anos de deserto, não foi o de achar o caminho e iniciar a conquista da terra prometida. Há quem diga que, para atravessar todo o deserto e chegar à terra de Canaã, prometida por Deus a Abraão, demoraria aproximadamente 40 dias.

O grande problema, no entanto, era o de fazer o povo hebreu se libertar do Egito que ainda existia com eles.

Não é segredo que o povo de Israel foi escravo por 430 anos no Egito e, dado ao clamor que foi erguido, dado ao sofrimento que vivia, Deus fez com que Moisés enfrentasse o Faraó, juntamente com seu irmão, Arão, para exigir a liberdade de seu povo para uma festa no deserto em celebração a Ele.

Foi uma jornada longa, duradoura e complicada, uma vez que o Senhor, a cada investida de Moisés e Arão, endurecia o coração do líder egípcio.

O Egito, àquele tempo, contava com 10 divindades, que eram idolatradas. O Deus de Israel, então, a cada vez que endurecia o coração de Faraó, mostrava sua soberania e poder diante das tais divindades. A última dela, por sinal, foi o próprio Faraó, que resultou na morte dos primogênitos em todo o Reino.

Neste período, o povo hebreu foi muito castigado, obrigado a serviços forçados, com metas diárias absurdas de se cumprir.

Eles tinham comida, sim, é verdade, mas, será que elas eram tão valiosas e únicas assim, ao ponto de valer, por exemplo, várias chibatadas nas costas, aí fim do expediente? Você aceitaria isso?

Depois da liberdade conquistada, Deus guiou e cuidou do povo de Israel no deserto, protegendo-o com uma coluna de vento pela manhã e de fogo à noite. Suas roupas e sandálias não foram consumidas com o tempo, pelo deserto; assim como a saúde deles não foi abalada.

Para que se alimentasse, Deus proveu água doce e o Maná, o pão que caia do céu, com aparência de uma semente de coentro e sabor de bolo de mel.

Não havia do que reclamar, percebe?

Mas, parte do povo hebreu passou a viver de forma saudosista, olhando pra trás, como fez, por exemplo, a mulher de Ló, sobrinho de Abraão, que virou uma estátua de sal, por desobedecer a orientação do Anjo do Senhor e olhar pra trás, quando as cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas, por crimes de imoralidade sexual.

Sabe qual foi o resultado da desobediência do povo hebreu? Daquela geração que foi liberta da escravidão, nenhum pôs os pés ou tomou posse da terra prometida. Todos morreram e foram sepultados no deserto.

Algo importante, que o povo daquela época não se atentou e que o de hoje ainda não prestou atenção: a terra prometida a Abraão, por mais que estivesse ocupada pelos cananeus, um povo idólatra, pertence a Deus. Logo, se Ele é o dono, Ele tem autonomia e poder para definir quem entrará e desfrutará daquelas terras.

O Senhor apresentou as normas, os 10 Mandamentos, por intermédio de Moisés, não por ser tirano, autoritário, mas pela dureza do coração e desobediência do homem, que resiste até hoje.

Nossa postura, como servos do Deus Altíssimo, é a de sempre olhar para frente. Quem olha pra frente olha com fé, com esperança, com a certeza que há um único Deus que tudo faz por nós, por nos amar e querer pra Ele.

Portanto, não perca tempo em olhar pra trás, para os lados ou com murmuração. Siga em frente, e sempre!

O Senhor é contigo!

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