Deus centraliza o seu plano em Abraão e em Israel


"Então o Senhor disse a Abrão: 'Deixa a sua terra, os seus parentes e a casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrar. Farei de você o pai de uma grande nação. Abençoarei você e tornarei o seu nome famoso. E você será uma bênção para muitos. Abençoarei aqueles que abençoarem você. Amaldiçoarei aqueles que amaldiçoarem você. E por seu intermédio serão abençoados todos os povos da terra'" (Gênesis 12:1‭-‬3).

Para que o mundo conhecesse o único e verdadeiro Deus, Ele abençoou Abraão a partir de uma aliança e o tornou Pai de muitas Nações.

Quando uma aliança é realizada, ela é feira para a eternidade, não por um momento apenas, e, tradicionalmente, é confirmada com a própria vida, com sangue.

Em Gênesis 15 podemos verificar com clareza essa aliança que Deus fez com Abraão, e com um detalhe muito especial: a participação de Jesus Cristo nela, identificado como "a tocha acesa".

"Perguntou-lhe Abrão: 'Ó Soberano Senhor, como posso saber que tomarei posse dela?' Respondeu-lhe o Senhor: 'Traga-me uma novilha, uma cabra e um carneiro, todos com três anos de vida, e também uma rolinha e um pombinho'. Abrão trouxe todos esses animais, cortou-os ao meio e colocou cada metade em frente à outra; as aves, porém, ele não cortou". 

"Nisso, aves de rapina começaram a descer sobre os cadáveres, mas Abrão as enxotava. Ao pôr do sol, Abrão foi tomado de sono profundo, e eis que vieram sobre ele trevas densas e apavorantes. Então o Senhor lhe disse: 'Saiba que os seus descendentes serão estrangeiros numa terra que não lhes pertencerá, onde também serão escravizados e oprimidos por quatrocentos anos. Mas eu castigarei a nação a quem servirão como escravos e, depois de tudo, sairão com muitos bens. Você, porém, irá em paz a seus antepassados e será sepultado em boa velhice". 

"Na quarta geração, os seus descendentes voltarão para cá, porque a maldade dos amorreus ainda não atingiu a medida completa'". Depois que o sol se pôs e veio a escuridão, eis que um fogareiro esfumaçante, com uma tocha acesa, passou por entre os pedaços dos animais". 

"Naquele dia, o Senhor fez a seguinte aliança com Abrão: 'Aos seus descendentes dei esta terra, desde o ribeiro do Egito até o grande rio, o Eufrates: a terra dos queneus, dos quenezeus, dos cadmoneus, dos hititas, dos ferezeus, dos refains, dos amorreus, dos cananeus, dos girgaseus e dos jebuseus'"(Gênesis 15:8‭-‬21).

O motivo da presença de Jesus nesta aliança foi um só: Deus sabe que o homem é pecador e, por isso, falho. Como a aliança é eterna e não pode ser quebrada, ao passar entre os cadáveres dos animais, o Senhor declarou que, caso a aliança seja quebrada, quem morre é Jesus, não o homem.

Foi assim que o Senhor permitiu que o povo de Israel existisse e conhecesse toda a Soberania dEle.

Ele comenta, ainda no capítulo 15 de Gênesis, sobre os 400 anos de escravidão, sobre o fim deste tempo e a conquista da terra prometida, então ocupada pelos cananeus, que adotavam um comportamento absolutamente idólatra, que contrariava a vontade do Senhor!

Além disso, no decorrer do antigo e do novo testamento, é possível notar um interesse da parte de Deus em fazer o povo hebreu conhecedor de todas as bençãos, se afastar de vez do pecado e, com isso, ser espelho para todas as Nações.

Essa ideia, no entanto, não dá muito certo, pela desobediência do homem que entra num ciclo interminável de queda e arrependimento, que é bem identificado, por exemplo, no livro de Juízes. No novo testamento, está realidade fica evidente quando a mulher sírio-fenícia clamou a Jesus para curar sua filha endemoniada e Ele declara: 

"Ele lhe disse: 'Deixe que primeiro os filhos comam até se fartar; pois não é correto tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos'. Ela respondeu: 'Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças'. Então ele lhe disse: 'Por causa desta resposta, você pode ir; o demônio já saiu da sua filha'. Ela foi para casa e encontrou sua filha deitada na cama, e o demônio já a deixara" (Marcos 7:27‭-‬30).

Portanto, se nos preocupamos, de fato, com a realidade do mundo atual, devemos aprender a olhar, fixar nossa atenção em Israel e não mais desprezá-lo. A razão para isso não é somente por se tratar da Nação escolhida, mas por todas as bençãos e valores que realmente importam, foram anunciados lá. Jesus Cristo é judeu! Se somos de Cristo, devemos amar Israel e o povo judeu!

Comentários