A Palavra de Deus é inegociável!

 


"Ao contrário de muitos, não negociamos a palavra de Deus visando a algum lucro; antes, em Cristo falamos diante de Deus com sinceridade, como homens enviados por Deus" (2Coríntios 2:17).

A Palavra de Deus é inegociável. Não há como colocar um preço nela. 

Antes de voltar pra casa, junto do Pai, Jesus nos orientou: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mateus 28:19‭-‬20).

"Não levem bolsa, nem saco de viagem, nem sandálias; e não saúdem ninguém pelo caminho. “Quando entrarem numa casa, digam primeiro: Paz a esta casa. Se houver ali um homem de paz, a paz de vocês repousará sobre ele; se não, ela voltará para vocês. Fiquem naquela casa e comam e bebam o que derem a vocês, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de casa em casa". 

"'Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam o que for posto diante de vocês. Curem os doentes que ali houver e digam-lhes: O Reino de Deus está próximo de vocês. Mas, quando entrarem numa cidade e não forem bem recebidos, saiam por suas ruas e digam: Até o pó da sua cidade, que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vocês. Fiquem certos disto: o Reino de Deus está próximo. Eu digo: Naquele dia, haverá mais tolerância para Sodoma do que para aquela cidade'" (Lucas 10:4‭-‬12).

Como se vê, não há qualquer informação sobre "peça dinheiro para ensinar o Evangelho". Entretanto, há algo importante que devemos levar em conta: como está escrito no trecho em destaque da passagem de Lucas, o trabalhador é merecedor de seu salário. E isso é confirmado em 1Timóteo 5:18 - "pois a Escritura diz: 'Não amordace o boi enquanto está debulhando o cereal', e “o trabalhador merece o seu salário".

Um evangelista, um Pastor, um obreiro, um Profeta, um Mestre são funcionários do Reino, proclamadores, anunciantes do Evangelho da Paz. Muitos deles viajam em missões, para alcançar novas vidas para Cristo. Para tanto, eles precisam de apoio, de recursos para sobreviver.

Na igreja em que congrego, a Lagoinha, em Belo Horizonte, possui um viés missionário muito intenso. Há pastores em missões no Nepal, no Oriente Médio, em Londres, na Alemanha, na Espanha, em vários lugares do globo. E esses funcionários do Reino de Deus recebem doações que são repassadas com o que é arrecadado, por exemplo, das ofertas que são feitas durante os cultos.

Muito se polemizou a respeito dos dízimos e ofertas. Alguns escândalos envolvendo pastores que enriqueceram às custas dos fiéis são públicos e notórios. Basta pesquisar nos arquivos dos jornais, na internet para os encontrar.

Porém, esses episódios não podem ser usados como único modelo para definir o que um Pastor faz ou deixa de fazer. Os corruptos são casos à parte, que vão totalmente contrários ao que Deus manda e, certamente, terão de responder por seis atos no chamado julgamento final, quando estiverem frente a frente com Jesus.

O dízimo, além de ser um vínculo de gratidão e amor a Deus, é um recurso que o Pastor emprega na própria igreja, seja para fazer o pagamento das contas, para a realização de reformas e ampliações do espaço, como, também, promover eventos que atraiam a comunidade como um todo.

Assim está escrito em Malaquias 3:10, na versão da Nova Almeida Atualizada (NAA): "Tragam todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa. Ponham-me à prova nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não lhes abrir as janelas do céu e não derramar sobre vocês bênção sem medida".

Quanto às ofertas, elas podem ser usadas e feitas para várias finalidades, como a já citada contribuição para missões, mobilizações de apoio à comunidade, doação de alimentos e roupas a moradores de rua, entre outras.

Se um Pastor for convidado a pregar em uma igreja de uma outra cidade, estado, país ou do mesmo município, não há nada de errado dele receber uma oferta.

Ele não pode e nem deve cobrar tão somente por ir pregar. Como foi dito no início deste texto, a Palavra de Deus é inegociável. Porém, se quiserem ajudar com despesas que envolvem a ida e volta dele à respectiva igreja, a alimentação, não há nada de criminoso nosso. Pelo contrário. É exatamente neste contexto que se encaixam os versículos sobre o salário do trabalhador ser digno. Eles estão a serviço de Deus e devem ser honrados por isso.

Portanto, nobre leitor, não fique indignado se você ouvir ou ver um Pastor ser convidado para pregar e receber presentes, oferta, ser chamado para almoçar, jantar fora ou anunciar produtos da sua loja antes das ministrações. Não é pecado e nem se trata de um fora da Lei.

Mas, peço também que creia, e tenha certeza absoluta do que será dito a seguir: se o Pastor usar das pregações para lucro pessoal, sem se preocupar com o que o Todo Poderoso nos orienta e manda fazer, ele terá de prestar contas um dia, e não será para a justiça dos homens, mas para o próprio Jesus!

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