"Tudo o que aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós complicamos tudo" (Eclesiastes 7:29).
O ser humano é complexo por natureza. É alguém difícil de agradar.
Chega a ser inexplicável!
Quando numa situação em que o simples se faz necessário, surgem as dúvidas, os questionamentos, que permitem longas e intermináveis discussões, sem que haja um acordo entre as partes envolvidas.
Um exemplo claro disto é a legislação brasileira. Se pararmos para observar, veremos uma total falta de objetividade, com inúmeras brechas em um único artigo, que nos deixa cada vez mais confuso, sem a certeza de o que está sendo feito é realmente o correto.
Os relacionamentos do ser humano também são complexos. A linha que separa o amor do ódio é muito tênue. Para que haja o trânsito de um lado para o outro, basta alguém dizer algo que desagrade ao seu próximo, ou que leve a uma discordância, ainda que o assunto em questão não seja tão relevante.
O temperamento, assim como os modos de lidar com cada tipo de situação também são fundamentais para que exista, ao menos, a possibilidade de uma harmonia, um entendimento do todo.
No que tange à Palavra de Deus, notamos nela uma simplicidade, que leva à obviedade, tamanha a racionalidade da mesma.
Mas como temos por hábito complicar o que é simples, há uma dificuldade muito grande em compreender obviedades, como, por exemplo, que Deus nos ama e nos disciplina por isso.
Para ser bem específico: Ele nos ama tanto, que está preparando a chamada Nova Jerusalém, para que possamos passar a eternidade com Ele. A Nova Jerusalém, digamos assim, é um segundo jardim do Éden, uma segunda e definitiva oportunidade para vivenciarmos o plano original de Deus.
Como Ele é o criador de todas as coisas, inclusive de nós, nada mais justo que Ele estabeleça algumas regras e condições para desfrutarmos daquilo que há de melhor.
Quando Adão e Eva estavam no jardim, a ordem dada foi a de comer de todos os frutos, exceto o da árvore do bem e do mal.
Note: Deus não impôs algo impossível! Ninguém ficaria desnutrido, mal alimentado por isso.
Mas, qual a atitude de Adão e Eva: a desobediência. Comeram justamente da árvore que não era para comer.
Resultado: o pecado veio ao mundo e, com ele, as doenças, os problemas e a morte.
Um detalhe interessante: sempre que Deus está a frente de algo, a única coisa que pode fazer com que sejamos levados à morte é a desobediência.
Os 40 anos de deserto, que separou o tempo da libertação do povo hebreu, da escravidão no Egito, à conquista da terra prometida, é um bom exemplo. Moisés estava focado, determinado a cumprir a ordem de Deus, mesmo o questionando e não se achando preparado para tanto.
O povo hebreu foi alimentado com o Maná, que caía do céu, com água da rocha e cordonizes. As roupas deles não eram gastas, não estragavam. Ninguém passava mal por comer uma uva podre, até por que, não tinha! Os que morreram foi por rebeldia, murmuração ou por idolatria a outros deuses.
Deus nos quer com Ele, mas ao modo dEle.
E esse modo é com base na santificação, no dar as costas ao que o mundo considera importante e se dedicar integralmente à vontade de Deus, estabelecer uma comunhão plena com Ele, sem que nada fique acima dEle.
Nada pode ser mais importante que o nosso Deus. Comida, bebida, posses, dinheiro, nada vale mais que Ele.
Simples, não é?
Pois é!
Pra que complicar, então?
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