"Jesus enviou os doze com as seguintes instruções: “Não se dirijam aos gentios, nem entrem em cidade alguma dos samaritanos. Antes, dirijam-se às ovelhas perdidas de Israel. Por onde forem, preguem esta mensagem: O Reino dos céus está próximo".
"Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; deem também de graça. Não levem nem ouro, nem prata, nem cobre em seus cintos; não levem nenhum saco de viagem, nem túnica extra, nem sandálias, nem bordão; pois o trabalhador é digno do seu sustento" (Mateus 10:5-10).
Que a nação de Israel é o povo escolhido de Deus é algo bem nítido, e em basicamente todos os livros da Bíblia. De Gênesis a Apocalipse podemos evidenciar o interesse do Senhor em tornar as coisas do Reino dos Céus acessíveis aos judeus em primeiro lugar, para depois repassar o conteúdo aos demais povos e nações existentes à época.
Além do versículo destacado acima em Mateus 10, outra passagem em que podemos constatar essa predileção divina pelos judeus é a passagem em que a mulher siro-fenícia pede que Jesus cure sua filha, que estava possuída por um demônio, em Marcos 7.
"Jesus saiu daquele lugar e foi para os arredores de Tiro e de Sidom. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse; contudo, não conseguiu manter em segredo a sua presença. De fato, logo que ouviu falar dele, certa mulher, cuja filha estava com um espírito imundo, veio e lançou-se aos seus pés. A mulher era grega, siro-fenícia de origem, e rogava a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio".
"Ele lhe disse: “Deixe que primeiro os filhos comam até se fartar; pois não é correto tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. Ela respondeu: “Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças”. Então ele lhe disse: “Por causa desta resposta, você pode ir; o demônio já saiu da sua filha”. Ela foi para casa e encontrou sua filha deitada na cama, e o demônio já a deixara" (Marcos 7:24-30).
Nesta passagem, além de ficar claro que Jesus tinha o propósito de tornar o evangelho conhecido, primeiro, para os judeus, ficou evidente também que Ele é misericordioso e tem compaixão com aqueles que o buscam.
Esse interesse, de alimentar os de Israel primeiramente, foi algo, digamos, muito estratégico da parte do nosso Senhor, pois, uma vez que a Nação de Israel compreendesse e tivesse total entendimento do Evangelho, o Reino de Deus poderia ser apresentado e aceito aos demais locais do globo, sem grande dificuldade.
O problema em si foi a dureza de coração demonstrada por uma parte do povo judeu, que acredita - até hoje - que o Messias ainda não veio e será uma espécie de super-heroi, alguém com fama, poder e influência e, com isso, se recusa a aceitar que Ele veio como sofredor, para nos salvar, perdoar os pecados e nos santificar com a Palavra.
Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos que o seguiram durante os três anos de ministério, foram encarregados de ensinar a Palavra às nações, como está escrito em Mateus 28:19-20 - "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".
Aos gentios - como eram conhecidos os não-judeus -, nos quais estamos inseridos, quem divulgou e fez a Palavra conhecida, foi o Apóstolo Paulo, que não era um dos 12 que caminharam lado a lado com Jesus, mas foi uma prova viva de arrependimento pelos pecados e de empenho e luta pela santidade.
Sim! A salvação é ofertada por Jesus, e pela graça. Quanto à santificação, exige entrega, busca, arrependimento, devoção. Não é algo simples, mas, que exige suor e interesse da nossa parte. Se não nos santificar, nunca teremos a oportunidade de cumprir a boa, perfeita e agradável vontade de Deus de sermos iguais a Cristo Jesus, nosso Salvador.
Hoje, graças à estratégia elaborada por Jesus, todos têm a oportunidade de saber sobre a Palavra. Há povos que ainda não a conhece, casos da Coréia do Norte, por exemplo, por ser governada de uma forma autoritária, em que as redes sociais e as bíblias são proibidas. Há outros casos, como na Índia, em que a idolatria é absurda, com milhões de divindades exaltadas.
O comunismo, que é propagado pela Rússia e pela China, também se manifesta de forma contrária ao cristianismo, com ideias que, a princípio, parecem ser "para o bem de todos", mas, no final, é para o bem de alguns, que lideram esse movimento e investe pesado para a acomodação e à falta de uma boa educação, que ensine o povo a questionar, a pescar e não receber o peixe nas mãos, por um preço incalculável, que o algema ao esquema e não lhe dá o direito a uma voz ativa e participante no todo.
Precisamos e devemos continuar a cumprir o "ide" de Jesus Cristo e anunciar o evangelho às nações. E não podemos parar!
*Dedico este texto aos missionários espalhados pelo globo, que se arriscam, são desrespeitados, violentados, torturados e até mortos pelo Evangelho da Paz!
Que o nosso Senhor abençoe a todos nós!
Amém!
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