"Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês" (Lucas 22:20).
Você está disposto a tomar do cálice de Cristo?
Se você sabe o que responder ou prefere pensar um pouco, saiba que Tiago e João, os filhos de Zebedeu, deram um sonoro "sim" a esta pergunta, feita pelo próprio Jesus, quando a mãe deles pediu que eles ficassem a direita e esquerda dEle.
O contexto em torno do cálice não condiz com uma mera taça de vinho tomada durante o jantar ou em uma festa. Trata-se de algo muito mais significativo e importante para o cristianismo como um todo.
No episódio do pedido da mãe de João e Tiago, que resultou em uma polêmica com os demais apóstolos, para saber quem seria o maior deles no Reino de Deus, o cálice representa a morte do nosso eu, da rejeição ao egocentrismo e da obediência dos mandamentos mais valiosos: "'Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo'" (Lucas 10:27).
Quando na santa ceia, em que Jesus estava à mesa com os apóstolos para a celebração da Páscoa, o cálice possui um valor simbólico, por representar o sangue de Cristo, e, ao mesmo tempo, documental, ao estabelecer a nova aliança com a humanidade.
Ainda hoje, as igrejas evangélicas realizam uma vez ao mês a ceia do Senhor, na qual apenas aqueles que são batizados nas águas podem comer do pão, que representa o corpo, e beber o vinho (ou suco de uva), que é o sangue.
Durante a santa ceia, Jesus declarou que Ele só voltará a beber do fruto da videira quando vier o Reino de Deus, que significa o retorno dEle, em glória e honra!
Outro referencial sobre o cálice: quando Jesus está orando no Getsêmani, pouco antes de ser preso e condenado à morte de cruz pelos fariseus.
Está escrito em Mateus 26:39 que "indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres".
A princípio, somos levados a pensar que Jesus clamava ao Pai para não sofrer todas as humilhações e injustiças que sofreu, desde a prisão até sua morte. Mas, este não era o ponto em questão. O sentido para este cálice é desvendado já na cruz. "Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: 'Eloí, Eloí, lamá sabactâni?', que significa 'Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?'" (Marcos 15:34).
Este é o momento.
Pense: Jesus já existia muito antes de toda e qualquer criação. Ele sempre esteve com o Pai, inclusive quando veio em corpo de homem e viveu como um de nós, sendo Deus. O questionamento sobre o abandono ocorre justamente no instante em que Jesus toma pra si todos os nossos pecados, as nossas enfermidades, doenças e é desprezado por aquele que sempre o acompanhou!
Pensou?
Jesus jamais havia experimentado a ausência do Pai.
É disso que devemos ter medo: de não ter Deus conosco, nos protegendo, vigiando, orientando.
Não somos nada sem Ele!
Nada podemos sem Ele!
É com base nisso tudo que foi escrito até aqui, que insisto na pergunta: Você está disposto a beber do cálice de Cristo?
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