"Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão" (Mateus 24:35).
Sempre que o tempo é o grande alvo de discussão, é inevitável a lembrança que Israel é o relógio do mundo, que o tempo não se adianta e nem para por ele mesmo, mas apenas passa, não volta.
A cada dia, ao mesmo tempo que ganhamos uma nova oportunidade para recomeçar e viver o melhor de Deus, graças ao fôlego de vida que é renovado, assim como as misericórdias do Senhor, sabemos que o nosso tempo aqui está cada dia mais perto do fim.
Somos, portanto, diariamente convidados a meditar e racionar sobre o que fazemos e deixamos de fazer para nós mesmos e aos que estão a nossa volta!
Há uma música secular que diz que o tempo não para. E é por isso que não podemos perder um segundo que seja para perdoar aqueles que nos fizeram mal, que nos constrangem e desejam o nosso mal. Ou você acha que Jesus morreu apenas por aqueles que foram convertidos e confessam o Senhor como nosso único Deus, tendo total arrependimento dos pecados cometidos?
Jesus também morreu por aquele que o humilhou, condenou, cuspiu, açoitou, debochou e o pregou na cruz.
Deus é tão maravilhoso e lindo, que, mesmo os que desrespeitaram Jesus têm a chance da salvação. Para contextualizar, um exemplo bem prático e eficaz: Paulo, Apóstolo de Cristo, que pregou aos gentios, era Saulo, o perseguidor e assassino de cristãos.
A transformação de Paulo foi tanta, que ele é o autor de praticamente metade do Novo Testamento. Nas cartas Paulinas há uma grande exortação sobre o como devemos nos santificar, o que é a metanoia, os dons espirituais e a nossa real postura como servos de Cristo Jesus!
Nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, também conhecidos por sinoticos, por haver a repetição das histórias relatadas, mas sob uma perspectiva que é diferenciada pelo foco e ponto de vista de cada autor, somos alertados sobre as aflições e as tentações que enfrentaremos neste mundo em que jaz o Maligno.
Sabemos que Cristo venceu o mundo e que somos tentados somente até onde temos condição de suportar. Sabemos também que Satanás não tem poder algum, por ele mesmo. Ele só pode agir e fazer algo que Deus permitir. O livro de Jó é bem claro quanto a isso.
As investidas de Satanás, para nos afastar do caminho proposto por Deus, são inúmeras. Ele está sempre atento para as nossas fraquezas, as nossas brechas. Ele sabe toda a relação de pecados que cometemos no passado e nos acusa constantemente por isso. Porém, temos Jesus como nosso advogado e intercessor junto ao Pai e um Deus que é onipresente, onipotente e onisciente.
Tudo está sob o controle dEle, inclusive o tempo que Satanás tenta nos roubar e, em muitas vezes, consegue, através das distrações, brigas, depressões; da ânsia em satisfazer um prazer momentâneo, uma ganância, um egoísmo.
Na verdade, o objetivo mais importante almejado por Satanás é que não reconheçamos nossa real identidade como filhos de Deus e irmãos de Jesus. A prova disso, você pode conferir em Lucas 4.
Enquanto Jesus está no deserto, por 40 dias e 40 noites, e em jejum, Satanás, que também quer dizer Adversário e Acusador, sempre que interroga Jesus, inicia com a provocação: "Se és o Filho de Deus".
Alguém duvida que Jesus é o Filho de Deus, o Deus vivo encarnado e manifestado em carne e osso, em corpo de homem?
Até os demônios creem!
O diferencial que existe entre nós e o que reina as trevas é que nós cremos e seguimos os passos de Cristo, enquanto ele despreza o único que pode dar a verdadeira vida e salvação.
Dito isto, fique atento com o que é feito do seu tempo livre. Davi, quando não foi à guerra e se refugiou no palácio, adulterou com Bate-Seba. As consequências foram as mais dolorosas e amargas por isso.
É verdade que Davi se arrependeu e é considerado até hoje como um "homem segundo o coração de Deus", como está registrado nas Escrituras. É verdade também que o Senhor o perdoou por isso.
Devemos, no entanto, estar sempre vigilantes e em alerta! Não somos nós os controladores e detentores do tempo. Há um Deus que é supremo e rege todas as coisas.
Como bem disse o teólogo e poeta francês, e François Fénelon, também conhecido por "Cisne de Cambraia", "devemos ser cautelosos na administração de nosso tempo, pois Ele nunca nos dá dois momentos iguais".
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