"Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai conceda a vocês o que pedirem em meu nome. Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros" (João 15:16-17).
Jesus, como sempre, é acertivo quando fala que não o escolhemos. Confesso que tenho uma certa aversão quando alguém fala, ao se batizar, que "aceitou Jesus". Não é Ele que precisa ser aceito. Ele nada fez de errado, pelo contrário, foi o único que teve a chance de pecar e não pecou por obediência a Deus Pai, que o mandou para cumprir com o plano perfeito dEle.
A verdade, querido leitor, é que Jesus nos aceitou e nos escolheu muito antes da criação, quando Ele obedeceu Deus Pai e morreu na cruz para nos lavar com o sangue dEle e eliminar toda imundícia em razão dos pecados que cometemos e herdamos de nossos pais, Adão e Eva.
No Getsêmani, Jesus orou, suou sangue e pediu ao Pai que, se fosse possível, que o livrasse do cálice.
O cálice, como já tratamos em textos anteriores, significa o lidar com a rejeição de Deus, quando Jesus absorveu todos os pecados, as doenças e as enfermidades, para nos livrar de toda e qualquer condenação, nos purificar, para vivermos a eternidade com Ele e termos o direito à salvação, por intermédio da graça, o chamado favor imerecido.
Veja o que está escrito em Deuteronômio 21:22-23 - "“Se um homem culpado de um crime que merece a morte for morto e pendurado num madeiro, não deixem o corpo no madeiro durante a noite. Enterrem-no naquele mesmo dia, porque qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus. Não contaminem a terra que o Senhor, o seu Deus, dá a vocês por herança".
Ou seja: Jesus se fez maldição por mim, por você que lê este texto, por nossos familiares, amigos, colegas, por aqueles que não conhecemos e até pelos que contribuiram para a condenação dEle, que foi ofendido, açoitado, humilhado, ridicularizado e pregado na cruz.
Jesus nos dá a lição mais preciosa de amor, humildade e perdão, ao passar pela maior das tribulações inimagináveis.
Tenho absoluta certeza que nenhum de nós seríamos capazes de suportar um terço que fosse de toda dor, todo desprezo e toda rejeição que Jesus enfrentou, e por nossa causa, por nos amar! Não podemos ignorar isso!
Se você que lê este texto ainda não se batizou, entenda: o batismo significa o abandonar das práticas mundanas (morte) rumo à santificação (ressurreição), que nos deixa mais parecidos com Jesus, e nos garante a salvação (passaporte à eternidade, junto a Jesus, Deus Pai e do Espírito Santo).
Entenda: o plano perfeito de Deus sempre foi e será o de estar com você, na sua companhia. Porém, Ele não quer que isso aconteça de uma forma automática, ditatorial, como se fossemos fantoches. Ele quer que usemos do nosso livre arbítrio, de modo consciente, pela nossa própria vontade.
Ninguém é forçado a nada!
Porém, uma coisa precisa ser dita: se você ler estas linhas e continuar a levar a vida como bem entender, achando que esse ou aquele santo vai te salvar, que basta ser bonzinho pra ir pro céu, o problema é apenas e todo seu!
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