O sofrimento aceitável em nome de Jesus


"Não importa o que aconteça, exerçam a sua cidadania de maneira digna do evangelho de Cristo, para que assim, quer eu vá e os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, fique eu sabendo que vocês permanecem firmes num só espírito, lutando unânimes pela fé evangélica, sem de forma alguma deixar-se intimidar por aqueles que se opõem a vocês". 

"Para eles isso é sinal de destruição, mas para vocês, de salvação, e isso da parte de Deus; pois a vocês foi dado o privilégio de não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer por ele, já que estão passando pelo mesmo combate que me viram enfrentar e agora ouvem que ainda enfrento" (Filipenses 1:27‭-‬30).

Por mais absurdo que isso possa parecer, há sofrimentos que são aceitáveis aos olhos de Deus. Se você duvida, isto está registrado em 1Pedro 2:21 - "para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando exemplo, para que sigam os seus passos". Ou seja: se Cristo sofreu e somos imitadores dEle, devemos sofrer também.

Uma das formas de sofrimentos aceitáveis é quando optamos pela mudança de vida, a chamada metanoia, também conhecida por santificação. Nesta etapa da vida, viramos as costas para o mundo, para todas tradições e religiosidades que há nele, para seguir sempre em frente, focados no grande alvo que é a cruz de Cristo.

O olhar para a cruz não remete simplesmente a uma mera lembrança de uma leitura de um livro da Bíblia, que fala sobre a morte de Jesus. Há muito mais coisa em jogo!

Jesus é o Deus vivo, que veio ao mundo como homem, para viver as nossas dores, tribulações, enfrentar as tentações e as vencer com o sangue que foi derramado no madeiro, onde se fez maldito, por nos amar, para nos salvar e livrar de toda espécie de condenação, dentre elas, à morte eterna.

Ele também veio nos ensinar a viver, a ter paz, a amar o nosso próximo e a nos esvaziar de nós mesmos, para dar lugar ao Santo Espírito de Deus, que testemunha a vinda dEle e faz morada em nós.

Como imitadores de Cristo, o nosso sofrer é exatamente no processo de santificação, no qual nos libertamos das práticas mundanas. Gerados no pó da terra, somos quebrados, reformados, reconstruídos, como um vaso de barro nas mãos do oleiro, que tem total liberdade para definir o formato, o tamanho, a largura, a profundidade e a utilidade de cada peça.

Ele nos designou a missão de divulgar o Evangelho às Nações e, para isso, nos deu autoridade para curar, expulsar demônios, além de dons espirituais, que nos capacitam para orar em línguas, interpretar, ensinar, profetizar.

Não podemos cumprir com o "ide" de Cristo de modo impuro, em meio ao pecado. Por isso, devemos sempre nos lavar, nos purificar, através das orações, da meditação da Palavra e do jejum.

O jejum é outro dos sofrimentos aceitáveis. Trata-se de um momento em que nos dedicamos exclusivamente à meditação da Palavra, acompanhado da oração e de um sacrifício que realizamos para ter maior comunhão com Cristo e nos esvaziamos, anulamos o nosso "eu".

Há vários tipos de jejum. Os mais populares são os de ficar a base de água, apenas; o de não comer e beber nada e o de eliminar uma delícia. Os períodos de cada tipo varia de pessoa pra pessoa, de propósito e, claro, da condição orgânica de cada um. A abstinência ela é valida, quando atrelada a um propósito e cercado de cuidados. Devemos nos sacrificar por Cristo, mas precisamos nos manter em total sanidade, sem precipitações que nos causem algum problema mais sério.

Recentemente eu realizei um jejum a base apenas de líquidos, por três dias, por um propósito que, talvez, revele mais pra frente. Foi maravilhoso! Eu vivi e aprendi tantas mais coisas com Deus, que o motivo em si do jejum se tornou, até, algo banal.

Antes de encerrar, quero deixar algo bem claro: o jejum não é algo que fazemos por fazer e que pode ser de qualquer coisa. Pra que ele tenha realmente um significado, você deve se abster de algo que realmente gosta e sente falta. 

Houve um ano, se não me engano 2016, em que eu fiquei o ano inteiro sem beber refrigerante. Foi aterrorizante. Onde eu ia, todo mundo bebia ou me oferecia um copo de refrigerante. Para não expor o jejum, falava que estava de deitar que aceitava um copo de água ou um suco no lugar.

Eu cumpri o jejum! E darei muitos outros ao longo deste ano!

Jesus abençoe sua vida!

Comentários