"Vocês o guardarão até o dia catorze deste mês, e na tarde desse dia todo o povo israelita matará os animais. Pegarão um pouco do sangue e o passarão nos batentes dos lados e de cima das portas das casas onde os animais vão ser comidos. Nessa noite a carne deverá ser assada na brasa e comida com pães sem fermento e com ervas amargas. A carne não deverá ser comida crua nem cozida; o animal inteiro, incluindo a cabeça, as pernas e os miúdos, será assado na brasa. Não deixem nada para o dia seguinte e queimem o que sobrar. Já vestidos, calçados e segurando o bastão, comam depressa o animal".
"Esta é a Páscoa de Deus, o Senhor. — Nessa noite eu passarei pela terra do Egito e matarei todos os primeiros filhos, tanto das pessoas como dos animais. E castigarei todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor. O sangue nos batentes das portas será um sinal para marcar as casas onde vocês moram. Quando estiver castigando o Egito, eu verei o sangue e então passarei por vocês sem parar, para que não sejam destruídos por essa praga. Comemorem esse dia como festa religiosa para lembrar que eu, o Senhor, fiz isso. Vocês e os seus descendentes devem comemorar a Festa da Páscoa para sempre" (Êxodo 12:6-14).
A primeira celebração da Páscoa ocorreu em meio à décima e última praga no Egito, anunciada por Moisés ao Faraó, que pedia pela liberdade do povo hebreu, após 430 anos de escravidão.
Confira o anúncio da décima praga: "Então Moisés disse ao rei: — O Senhor Deus diz: “Perto da meia-noite eu vou passar pelo Egito, e no país inteiro morrerá o filho mais velho de cada família, desde o filho do rei, que é o herdeiro do trono, até o filho da escrava que trabalha no moinho; morrerá também a primeira cria dos animais. Em todo o Egito haverá gritos de dor, como nunca houve antes e nunca mais haverá. Mas, entre os israelitas, nem mesmo um cachorro latirá para uma pessoa ou um animal. E assim vocês ficarão sabendo que o Senhor faz diferença entre os egípcios e os israelitas" (Êxodo 11:4-7).
Para que o povo hebreu fosse poupado da morte dos seus primogênitos, a condição exigida foi a que fosse usado o sangue de um cordeiro perfeito, sem manchas e sem mácula, para marcar os ombros da porta de cada casa. Essa marca aparentava uma cruz. A mesma cruz na qual Jesus, o Cordeiro de Deus, realizou o sacrifício perfeito, para perdoar os nossos pecados, nos ofertar a salvação e garantir a vida eterna e o livre acesso junto ao Pai.
Para a alimentação, o cardápio era um cordeiro sem manchas e sem.máculas (que representava Cristo Jesus), ervas amargas (para que não fossem esquecidos os 430 anos de escravidão no Egito) e pães sem fermento, também conhecidos por pães ázimos (para mostrar reverência ao Senhor, ao nos apresentar puros, livres de vaidade, de arrogância e prepotência). Essa pureza, humildade e mansidão de espírito é apresentada e ensinada por intermédio dos frutos do Espírito, que estão relacionados em Gálatas 5:22-23 - "amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio".
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SOBRE O SEPULTAMENTO DE JESUS
"Depois disso, José, da cidade de Arimateia, pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus. (José era seguidor de Jesus, mas em segredo porque tinha medo dos líderes judeus.) Pilatos deu licença, e José foi e retirou o corpo de Jesus. Nicodemos, aquele que tinha ido falar com Jesus à noite, foi com José, levando uns trinta e cinco quilos de uma mistura de aloés e mirra".
"Os dois homens pegaram o corpo de Jesus e o enrolaram em lençóis nos quais haviam espalhado essa mistura. Era assim que os judeus preparavam os corpos dos mortos para serem sepultados. No lugar onde Jesus tinha sido crucificado havia um jardim com um túmulo novo onde ninguém ainda tinha sido colocado. Puseram ali o corpo de Jesus porque o túmulo ficava perto e também porque o sábado dos judeus ia começar logo" (João 19:38-42).
Sobre esta passagem, chamo a atenção do amado e nobre leitor para o seguinte fato: a importância de um jantar, em Betânia, seis dias antes da Páscoa, no qual Maria, a irmã de Lázaro, ungiu Jesus com um frasco de um perfume feito de nardo e que é contada no Evangelho de João, em seu capítulo de número 12, dos versículos 1 a 8.
O ponto em questão é que o sepultamento do corpo de um judeu não poderia ser realizado sem que, antes, ele fosse ungido. Jesus morreu por volta das 15h, próximo, portanto, do por do sol, que decreta o shabbat (um descanso, no qual eles não podem realizar nenhuma espécie de atividade). José de Arimatéia e Nicodemos tiveram, por isso, de correr com os preparativos do embalsamento do corpo de Jesus.
Caso essa unção não fosse realizada a tempo, o nosso Salvador teria sido enterrado segundo às tradições impostas pelo Império Romano, que era quem governava o povo de Israel àquele tempo e, deste modo, sujeito a algum ritual idólatra.
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SOBRE O SÁBADO
O sábado, como foi dito acima, é um dia de descanso para o povo judeu. No que tange à morte de Cristo, trata-se, do que muitos chamam, do dia de silêncio, um período de reflexão sobre a morte dEle, no aguardo pela ressurreição.
Que possamos, neste momento, não apenas refletir, mas agradecer a Ele por ter nos livrado da condenação à uma morte eterna, sem qualquer esperança!
Oremos: Pai, em nome de Jesus, quero agradecer a vinda do seu amado Filho, que se fez pecado por nós! Ele nos salvou de toda espécie de condenação, para nos reconciliar com o Senhor, Deus Todo Poderoso, que, com misericórdia e compaixão, nos amou muito antes da criação. Nós somos gratos ao sangue de Jesus derramado na cruz, como sinal de uma aliança viva e plena! É pela graça, pelo verdadeiro e sincero amor que, hoje, podemos falar com o Senhor a todo instante, sem reservas e obstáculos. Muito obrigado, Paizinho, por não nos ter dado uma segunda oportunidade, mas Jesus Cristo, o nosso Redentor! Amém!
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