A Casa de Deus nunca foi e nem será um comércio

 

"Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estás bem coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá" (João 2:13‭-‬17).

Chega a ser inevitável! Basta alguém falar em dinheiro, comércio e relacionar diretamente com a igreja para ser acesa uma polêmica sem tamanho, até mesmo entre os próprios crentes.

É preciso deixar claro, no entanto, que os comerciantes expulsos por Jesus, nada tinham a ver com a igreja. Era gente oportunista, que queria faturar um dinheiro a mais e usava da Casa de Deus como parte dessa prática ilegal.

Antes de vir morar em Belo Horizonte, trabalhei por muito tempo com assuntos relacionados ao meio esportivo, como jornalista. O termo cambista, citado no versículo 14, não é uma novidade pra mim. É normal (infelizmente) encontrar essa gente até hoje, aos arredores de estádios, locais de shows.

Para você entender como funciona a coisa, vai aqui um exemplo: Vamos supor que o ingresso pro clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, no Independência, pelo Brasileirão, é originalmente de R$100,00, o mais barato. O cambista vai à bilheteria, paga os R$100,00 e o revende por um valor superior, a medida que a hora passa e o início do jogo se aproxima. Quanto mais perto do horário, mais caro ele fica. Nessa brincadeira, a revenda do ingresso é realizada por R$400,00, R$600,00 ou mais, de modo a permitir uma fácil recuperação do dinheiro gasto e de forma ilegal!

Foi esse o tipo de comerciante que Jesus expulsou das proximidades do templo.

Jesus não se agrada da ilegalidade!

O comércio aprovado por Ele é aquele realizado na própria igreja, ao final dos cultos, para a arrecadação de ofertas que podem ser revertidas para a manutenção, reforma da igreja ou para a aquisição de recursos a um evento, ministério em questão.

Outra: há muitos pastores, obreiros, missionários, que se dedicam de modo integral à igreja. Destes, há os que investem, por exemplo, em lojas, cursos online, voltados à Palavra, e os que recebem salário, oferta da igreja. Não há nada de errado nisso! A Palavra do Senhor revela em 1Timóteo 5:18 que "o trabalhador é digno do seu salário".

Resumo da ópera: tudo o que for feito em prol do Reino, pra honrar Jesus e a sua igreja, é digno e merecedor de apoio, incentivo!

Aleluia!

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